Ora boas!
De volta após mais um (pequeno) interregno.
Desta feita tinha que vir aqui deixar uma notícia que apareceu hoje de manhã no meu e-mail.
Os OFF! vão ver editado em Maio o seu 1º LP. O disco vai-se chamar pura e simplesmente "OFF!" e vai contar com 16 músicas.
Tal como os EP's, a capa fica a cargo do já lendário Raymond Pettitbon.
O site "Interpunk" já disponibiliza a pré-ordem do CD e do Vinil. Atenção que o vinil tem uma edição limitada... vinil branco limitado a 1500 cópias.
Da mesma forma, a edição em vinil que compilava os 4 primeiros EP's (OFF! - First Four EP's) vai voltar a ser re-editada e pode novamente ser adquirida (vale a pena, acreditem!).
Por fim, resta deixar os links:
Interpunk - Pre-order do Vinil Branco (limitado a 1500 cópias)
Interpunk - Pre-order do CD
Interpunk - Edição em vinil "First Four EP's"
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sexta-feira, 16 de março de 2012
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Rebellion Festival - Dia 1
Ora então cá está a prometida review ao festival punk do ano, o Rebellion Fest, em Blackpool.
Antes demais devo dizer que foi a minha estreia em festivais na Grã-Bertanha. Já tinha estado no Punk & Disorderly em Berlim, mas cedo me apercebi que a dimensão deste é bastante superior. São 6 palcos (um deles acústico, ao género Café Concerto), sempre com bandas a tocar. Bandas desde as mais conhecidas no universo punk, até à banda mais underground de Londres ou do Canadá.
O primeiro dia, naturalmente, foi o dia do aquecimento, do reconhecimento do terreno, do beber de todo aquele ambiente em torno de nós.
Os concertos eram nos Winter Gardens, um edifício gigante que apenas está parcialmente utilizado pelo festival. Já li na revista disponibilizada à entrada aquando da compra do bilhete e da sua troca pelas já habituais pulseirinhas, que para 2012 teremos mais uma sala disponível com capacidade para cerca de 2000 pessoas.
A organização do festival foi irrepreensível. Tudo feito a perceito e tudo com um propósito. Os seguranças são simpáticos (ao contrário de cá), acessíveis. Existiam dois corredores só com bancas de vinil e merchandising (onde no primeiro dia muita gente, incluindo eu, fez as suas comprinhas).
No primeiro dia, dois dos palcos estiveram inactivos (a maior sala tinha dois palcos, mas manifestamente sem grandes condições).
Assim, deu para conhecer o o palco principal (Empress Ballroom) e aquele que foi o palco que eu mais gostei, a Arena (um palco mais pequeno, mas bastante acolhedor, ideal para concertos de bandas médias mas capazes de agarrar o público). Ainda passei pelo palco Acústico (para beber) e também pelo Bizarre Bazaar onde tocavam artistas mais "diferentes" do habitual street punk, Oi!, Punk 77 que o festival usualmente nos oferece.
Então vamos começar pelas bandas...
Depois das compras, da visita geral ao festival, era tempo de começar a ver concertos.
A primeira banda que vi foram os Geoffrey Oi!Cott, já passavam 45 minutos das 6 da tarde. O palco era a Arena (o tal mais pequeno, mas com mais "jogo" punk 77).
Admito que não conhecia rigorosamente nada desta banda. Entraram em palco vestidos de branco e o vocalista trazia nas mãos um taco de Criquete, desporto bastante popular na Inglaterra. O público, maioritariamente skinhead, rapidamente gritava "Yorkshire! Yorkshire!". Percebi que deveria ser a terra natal da banda.
Começaram a tocar... Street-Punk Oi! assumido, com influências de Cockney Rejects, 4-Skins ou Major Accident.
Não sendo naturalmente a minha chavena de chá (embora durante alguns anos tenha ouvido bastantes bandas Oi! e Street Punk, especialmente da Legião 82), admito que gostei de ouvir esta banda. Segura, coesa e com uma boa interacção com o público. Devo acrescentar que tocar na Arena tem outra vantagem, é a sala que melhor som tem.
O primeiro concerto foi bom, mas era hora de ir jantar porque a seguir vinham as "bandas a sério".
Depois do estômago cheio, era tempo de rumar ao palco principal (Empress Ballroom). Estavam prontos para começar os World Inferno Friendship Society. Mais uma banda que pouco conhecia. Tocavam uma espécie de "punk alternativo" ou uma espécia de "world music meets punk rock", a fazer lembrar uns Magazine das sua fase inicial, mas mais melódicos. Pelo que li na revista oficial do festival, são uma banda composta por mais de 30 (!!!) elementos, mas apenas 6 se apresentaram em palco, se a memória não me falha. Era o vocalista, a baixista, a baterista, o guitarrista e duas mulheres a tocar violino.
Sinceramente não desgostei de certas partes (ou certas músicas), mas no geral achei o concerto um bocado aborrecido. Ainda assim, terminaram com chave de ouro com o clássico "Only Anarchists Are Pretty".
Em seguida ia tocar a banda que mais gente meteu no 1º dia do festival... The Old Firm Casuals. Quem são? A nova banda do Lars Frederiksen dos Rancid.
Conseguiram, às 22h05, deixar muito bem composta a Empress Ballroom. O som era um Street Punk / Oi! copiado dos clássicos dos Cockney Rejects e dos Clash.
Devo mesmo dizer que esta banda não é mais do que um reciclar de riffs que todos já ouvimos. Aliás, um dos riffs de uma música era praticamente igual à "Clash City Rockers". Sim, tocam bem, mas foi uma banda completamente desinteressante que nada de novo traz ao que quer que seja.
Resta acrescentar que terminaram o concerto com o clássico dos Last Resort, "Violence In Our Minds", com o próprio Roi Pearce a cantar a música.
Terminada a actuação dos Old Firm Casuals era altura de ir para a frente... iam começar os Off! Pessoalmente, eram a banda que eu mais queria ver no festival todo. Já expliquei em dois posts anteriores que tenho o vocalista dos Off! (Mr. Keith Morris) em grande consideração. Devo mesmo dizer que, para mim, é o melhor vocalista punk rock de sempre (em termos vocais). Depois, era altura de ver a banda na sua fase inicial, ainda cheia de raiva e de vontade de mostrar serviço.
E devo dizer que fiquei rendido! Off! ao vivo foi melhor do que eu estava à espera. Foram cerca de 35/40 minutos sempre a abrir, sempre a despejar o punk/hardcore furioso com garra e vontade.
Fiquei rendido, completamente. Tocaram, na íntegra, os 5 Ep's que já têm no mercado.
O momento alto foi o tributo ao Jefferey Lee Pierce (Gun Club) com a música com o nome do mítico vocalista da banda garage californiana.
Este concerto, para mim, foi um dos três melhores do Rebellion e dos melhores concertos de punk que tive o prazer de assistir.
Quando terminaram, deu tempo para ir fumar um cigarro, beber mais uma cerveja e descansar os pés... porque a seguir vinham os reis do psychobilly, os Meteors.
Começaram com um instrumental e seguiu-se o clássico "Shout So Loud". Admito que era das bandas que também mais queria ver, mas desta vez saí um bocado desiludido. Se o Sr. Fenech esteve muito bem (como parece ser habitual) e se o contra-baixista (Simon Linden) também cumpriu bem com o seu papel, o baterista (Wolf) pareceu-me limitado naquilo que fazia. Parecia que usava sempre o mesmo ritmo para todas as músicas.
Não gostei muito, mas ainda cantarolei temas como "Shout so Loud" ou "Wolfjob" (um dos meus temas preferidos dos Meteors).
Antes do fim dos Meteors ainda dei um saltinho ao Bizarre Bazaar ver o que faltava do concerto dos Bay City Rollers liderados pelo membro original, Eric Faulkner.
Já os tinha visto o ano passado em Berlim e voltei a ver este ano, ficando com a mesma opinião. Muito bom ao vivo, fazendo mesmo lembrar uns Vibrators (na sua melhor fase). (Power) Pop com toques de punk e glam que continuam a resultar mais de 30 anos depois.
Depois era hora de voltar ao hotel para descansar e dormir o sono dos justos, porque no dia seguinte (sexta-feira) havia mais bandas boas para ver!
Antes demais devo dizer que foi a minha estreia em festivais na Grã-Bertanha. Já tinha estado no Punk & Disorderly em Berlim, mas cedo me apercebi que a dimensão deste é bastante superior. São 6 palcos (um deles acústico, ao género Café Concerto), sempre com bandas a tocar. Bandas desde as mais conhecidas no universo punk, até à banda mais underground de Londres ou do Canadá.
O primeiro dia, naturalmente, foi o dia do aquecimento, do reconhecimento do terreno, do beber de todo aquele ambiente em torno de nós.
Os concertos eram nos Winter Gardens, um edifício gigante que apenas está parcialmente utilizado pelo festival. Já li na revista disponibilizada à entrada aquando da compra do bilhete e da sua troca pelas já habituais pulseirinhas, que para 2012 teremos mais uma sala disponível com capacidade para cerca de 2000 pessoas.
A organização do festival foi irrepreensível. Tudo feito a perceito e tudo com um propósito. Os seguranças são simpáticos (ao contrário de cá), acessíveis. Existiam dois corredores só com bancas de vinil e merchandising (onde no primeiro dia muita gente, incluindo eu, fez as suas comprinhas).
No primeiro dia, dois dos palcos estiveram inactivos (a maior sala tinha dois palcos, mas manifestamente sem grandes condições).
Assim, deu para conhecer o o palco principal (Empress Ballroom) e aquele que foi o palco que eu mais gostei, a Arena (um palco mais pequeno, mas bastante acolhedor, ideal para concertos de bandas médias mas capazes de agarrar o público). Ainda passei pelo palco Acústico (para beber) e também pelo Bizarre Bazaar onde tocavam artistas mais "diferentes" do habitual street punk, Oi!, Punk 77 que o festival usualmente nos oferece.
Então vamos começar pelas bandas...
Depois das compras, da visita geral ao festival, era tempo de começar a ver concertos.
A primeira banda que vi foram os Geoffrey Oi!Cott, já passavam 45 minutos das 6 da tarde. O palco era a Arena (o tal mais pequeno, mas com mais "jogo" punk 77).
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Geoffrey Oi!Cott |
Admito que não conhecia rigorosamente nada desta banda. Entraram em palco vestidos de branco e o vocalista trazia nas mãos um taco de Criquete, desporto bastante popular na Inglaterra. O público, maioritariamente skinhead, rapidamente gritava "Yorkshire! Yorkshire!". Percebi que deveria ser a terra natal da banda.
Começaram a tocar... Street-Punk Oi! assumido, com influências de Cockney Rejects, 4-Skins ou Major Accident.
Não sendo naturalmente a minha chavena de chá (embora durante alguns anos tenha ouvido bastantes bandas Oi! e Street Punk, especialmente da Legião 82), admito que gostei de ouvir esta banda. Segura, coesa e com uma boa interacção com o público. Devo acrescentar que tocar na Arena tem outra vantagem, é a sala que melhor som tem.
O primeiro concerto foi bom, mas era hora de ir jantar porque a seguir vinham as "bandas a sério".
Depois do estômago cheio, era tempo de rumar ao palco principal (Empress Ballroom). Estavam prontos para começar os World Inferno Friendship Society. Mais uma banda que pouco conhecia. Tocavam uma espécie de "punk alternativo" ou uma espécia de "world music meets punk rock", a fazer lembrar uns Magazine das sua fase inicial, mas mais melódicos. Pelo que li na revista oficial do festival, são uma banda composta por mais de 30 (!!!) elementos, mas apenas 6 se apresentaram em palco, se a memória não me falha. Era o vocalista, a baixista, a baterista, o guitarrista e duas mulheres a tocar violino.
Sinceramente não desgostei de certas partes (ou certas músicas), mas no geral achei o concerto um bocado aborrecido. Ainda assim, terminaram com chave de ouro com o clássico "Only Anarchists Are Pretty".
Em seguida ia tocar a banda que mais gente meteu no 1º dia do festival... The Old Firm Casuals. Quem são? A nova banda do Lars Frederiksen dos Rancid.
Conseguiram, às 22h05, deixar muito bem composta a Empress Ballroom. O som era um Street Punk / Oi! copiado dos clássicos dos Cockney Rejects e dos Clash.
Devo mesmo dizer que esta banda não é mais do que um reciclar de riffs que todos já ouvimos. Aliás, um dos riffs de uma música era praticamente igual à "Clash City Rockers". Sim, tocam bem, mas foi uma banda completamente desinteressante que nada de novo traz ao que quer que seja.
Resta acrescentar que terminaram o concerto com o clássico dos Last Resort, "Violence In Our Minds", com o próprio Roi Pearce a cantar a música.
Terminada a actuação dos Old Firm Casuals era altura de ir para a frente... iam começar os Off! Pessoalmente, eram a banda que eu mais queria ver no festival todo. Já expliquei em dois posts anteriores que tenho o vocalista dos Off! (Mr. Keith Morris) em grande consideração. Devo mesmo dizer que, para mim, é o melhor vocalista punk rock de sempre (em termos vocais). Depois, era altura de ver a banda na sua fase inicial, ainda cheia de raiva e de vontade de mostrar serviço.
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Off! |
Fiquei rendido, completamente. Tocaram, na íntegra, os 5 Ep's que já têm no mercado.
O momento alto foi o tributo ao Jefferey Lee Pierce (Gun Club) com a música com o nome do mítico vocalista da banda garage californiana.
Este concerto, para mim, foi um dos três melhores do Rebellion e dos melhores concertos de punk que tive o prazer de assistir.
Quando terminaram, deu tempo para ir fumar um cigarro, beber mais uma cerveja e descansar os pés... porque a seguir vinham os reis do psychobilly, os Meteors.
Começaram com um instrumental e seguiu-se o clássico "Shout So Loud". Admito que era das bandas que também mais queria ver, mas desta vez saí um bocado desiludido. Se o Sr. Fenech esteve muito bem (como parece ser habitual) e se o contra-baixista (Simon Linden) também cumpriu bem com o seu papel, o baterista (Wolf) pareceu-me limitado naquilo que fazia. Parecia que usava sempre o mesmo ritmo para todas as músicas.
Não gostei muito, mas ainda cantarolei temas como "Shout so Loud" ou "Wolfjob" (um dos meus temas preferidos dos Meteors).
Antes do fim dos Meteors ainda dei um saltinho ao Bizarre Bazaar ver o que faltava do concerto dos Bay City Rollers liderados pelo membro original, Eric Faulkner.
Já os tinha visto o ano passado em Berlim e voltei a ver este ano, ficando com a mesma opinião. Muito bom ao vivo, fazendo mesmo lembrar uns Vibrators (na sua melhor fase). (Power) Pop com toques de punk e glam que continuam a resultar mais de 30 anos depois.
Depois era hora de voltar ao hotel para descansar e dormir o sono dos justos, porque no dia seguinte (sexta-feira) havia mais bandas boas para ver!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
OFF! - Finalmente a review
Chegou-me finalmente às mãos a caixa com os 4 primeiros EP's dos OFF!
Ora, a primeira novidade vem logo no autocolante promocional que vem no plástico. Não sabia, mas para além do Keith Morris, os OFF contam também com o baixista dos Redd Kross (Steven McDonald), com o baterista dos Rocket From The Crypt (Mario Rubalcaba) e com o guitarrista dos Burning Bridges (Dimitri Coats).
Depois, para além dos quatro 7 polegadas, vem também um código para sacar os MP3 destas mesmas 16 músicas.
Também temos direito a um livrinho com algumas letras e ilustrações.
E depois, finalmente, os quatro pedaços de vinil que foram directamente para o gira-discos.
O primeiro EP é o mais "estranho"... a bateria muito colada aos riffs e não tão solta como seria de esperar. Nota-se muito as influências dos primeiros trabalhos de Black Flag.
Os outros 3 EP's são diferentes... com imensa dinâmica deambulam entre o hardcore típico da SST (Black Flag, B'Last e assim) e o punk rock mais agressivo de uns Angry Samoans ou dos próprios Redd Kross (da fase inicial).
Nota-se claramente que estamos perante uma banda punk hardcore californiana.
Não é nenhuma novidade, é um reciclar do que já foi feito antes, mas é realmente refrescante por um vinil feito no século XXI a tocar no prato e soar a isto.
De salientar, como já se esperava, que isto tá tudo tocado na batata, com um baterista realmente bom e com vocalizações muito muito boas!!
Falta acrescentar que a edição em Cd é em digipack, traz o mesmo livrinho mas em versão mais pequena.
Fãs de Circle Jerks, Black Flag, B'last, Excel, Lewd e Zero Boys têm aqui uma banda que não vos vai desiludir.
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